sexta-feira, 20 de março de 2020

TOM SOBRE TOM


Por vezes, a tarde outonal
chega a doer de tanta boniteza.
É quando ela pinça histórias arquivadas
que cortam o espaço vestida de andorinha.
Voa lembrança minha, asas abertas sobre fundo azul.
Permita-se doer de dor bonita
pois o Outono passa,
o azul se desmerece,
a luz descansa.
Voa, que a nostalgia também é parte dessa dança.

Flora Figueiredo
de Páginas Viradas de um abril qualquer