poesia dedicada a Moacyr Felix
Num campo de silencia
onde pastam manhãs
estou pelo que sou.
Canção azul de cobre
me chega pelo vento:
em sua dor me deito.
Um espesso lençol
com ternura de pinhos
enrola o coração.
O sangue levanta
no espaço bandeiras
de fogo e limão.
Até a pedra entrega
seus ásperos segredos
ao cristalino dia.
A raiz arranca
com sua garra de amor
a rosa do meu peito.
E reparto o diamante
que a infância me deu
Thiago de Mello
arte Daniel Oconnell