Caules. Solidões
Ligeiras. Varandas
Esvoaçantes? – Montes,
Bosques, aves , ares.
Tanto, tanto espaço
Cingido de presença
Móvel de planetas
Os abraços teimosos.
Gozos, massas, gozos,
Massas, plenitude,
Luz atónita
E vermelhos absortos!
E o dia? A lisura
Do vidro. Mudo,
O quarto afunda-se,
Varandas em branco.
Só , amor, tu mesmo,
Túmulo. Nada, nada,
Túmulo. Nada, nada,
Mas... Tu comigo?
Jorge Guillén
arte Dorina Costras
Nenhum comentário:
Postar um comentário