As violetas são os serenos pensamentos que o mistério
e a solidão despertam na alma
verdejante da esplêndida primavera.
Luís Guimarães Júnior
Esquiva aos lábios lúbricos
Da louca borboleta,
Na campina, olente, formosíssima,
Vivia a violeta.
Mas uma virgem cândida, um dia
Ante ela passa,
E vai colher mais longe uma faceira hortênsia
Que à loira trança entrelaça.
“ai! – geme a flor ignota:
se pela cor brilhante
que tinge a linda rosa, a tinta melancólica
trocasse um só instante;
como eu sentira, ébria
de amor, de mágoa, enleio,
do coração virgínio as pulsações precípites,
unidas ao casto seio!”
Doideja a criança pálida
Na relva perfumosa,
E a meiga violeta ao pé mimoso e célere
Esmaga caprichosa.
Curvando a fronte exânime
Soluça a flor singela:
“Ah! como sou feliz!
Perfumo a planta ebúrnea da minha virgem bela!...”
Narcisa Amália
In Nebulosa
e a solidão despertam na alma
verdejante da esplêndida primavera.
Luís Guimarães Júnior
Esquiva aos lábios lúbricos
Da louca borboleta,
Na campina, olente, formosíssima,
Vivia a violeta.
Mas uma virgem cândida, um dia
Ante ela passa,
E vai colher mais longe uma faceira hortênsia
Que à loira trança entrelaça.
“ai! – geme a flor ignota:
se pela cor brilhante
que tinge a linda rosa, a tinta melancólica
trocasse um só instante;
como eu sentira, ébria
de amor, de mágoa, enleio,
do coração virgínio as pulsações precípites,
unidas ao casto seio!”
Doideja a criança pálida
Na relva perfumosa,
E a meiga violeta ao pé mimoso e célere
Esmaga caprichosa.
Curvando a fronte exânime
Soluça a flor singela:
“Ah! como sou feliz!
Perfumo a planta ebúrnea da minha virgem bela!...”
Narcisa Amália
In Nebulosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário