quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A Raiz



 poesia dedicada a Moacyr Felix
 
Num campo de silencia
onde pastam manhãs
estou pelo que sou.
 
Canção azul de cobre
me chega pelo vento:
em sua dor me deito.
 
Um espesso lençol
com ternura de pinhos
enrola o coração.
 
O sangue levanta
no espaço bandeiras
de fogo e limão.
 
Até a pedra entrega
seus ásperos segredos
ao cristalino dia.
 
A raiz arranca
com sua garra de amor
a rosa do meu peito.
 
E reparto o diamante
que a infância me deu

Thiago de Mello
arte Daniel Oconnell

Nenhum comentário:

Postar um comentário