Inquieta-se o calor
que, de tão quente,
já não suporta o seu próprio cobertor.
Espera a tempestade
que vem no fim da tarde,
quando o peito suado fervilha.
Ela lambe-lhe o rosto,
beija-lhe a virilha
e, excitada, põe a praça louca e alagada.
Goza na boca morna do sol-posto.
Flora Figueiredo
In Estações
Nenhum comentário:
Postar um comentário